Memorial do Holocausto e 3 sinagogas são vandalizadas em Paris
- 02/06/2025

O Memorial do Holocausto, duas sinagogas e um restaurante judaico em Paris foram vandalizados com tinta verde na madrugada de sábado (31), segundo a rádio RTL.
Imagens do circuito de segurança do museu registraram um indivíduo vestido de preto vandalizando a placa em homenagem aos judeus mortos com pichações.
O ataque ocorreu antes do feriado judaico de Shavuot, e autoridades francesas reforçaram a segurança em locais ligados à comunidade judaica.
O Memorial da Shoah é um museu e centro de documentação dedicado à memória do Holocausto, localizado no bairro Marais, que historicamente abrigou uma grande comunidade judaica
As sinagogas atingidas foram Tournelles, Agoudas Hakehilos e Belleville, enquanto o restaurante vandalizado, Chez Marianne, é um ponto frequentado pela comunidade judaica de Paris.
Condenação aos ataques
A prefeita socialista de Paris, Anne Hidalgo, condenou os atos, classificando-os como intimidação antissemita.
"Condeno esses atos de intimidação da forma mais veemente possível. O antissemitismo não tem lugar em nossa cidade ou em nossa República", disse ela em um comunicado à imprensa.
O ministro do Interior da França, Bruno Retailleau, repudiou os atos antissemitas em uma publicação no X: “Estou profundamente enojado com esses atos hediondos direcionados à comunidade judaica”.
Na sexta-feira, ele determinou a implementação de medidas de segurança "visíveis e dissuasivas" em locais ligados ao judaísmo em todo o país, antecipando o próximo feriado judaico de Shavuot.
Este não foi o primeiro ataque ao monumento em homenagem às vítimas do Holocausto. Em maio de 2024, mãos vermelhas foram pintadas no Muro dos Justos, no Memorial de Paris.
O caso levou à prisão de três búlgaros e foi investigado pelas autoridades francesas como possível interferência russa.
Desta vez, nenhuma prisão foi feita até o momento, e a polícia segue investigando o caso.
A França abriga a maior comunidade judaica da Europa.
Nos últimos dias, as relações entre os governos francês e israelense se abalaram após declarações do presidente Emmanuel Macron, que sugeriu que os países europeus adotem uma postura mais rígida em relação a Israel, alvo de um ataque terrorista em 7 de outubro de 2023.